O lince ibérico

20-01-2011 14:04

 

O estatuto de conservação do lince-ibérico tem variado ao longo das últimas décadas:

  • 1965 > Considerado muito raro e acreditando-se decrescer em número (como Felis lynx pardina) (Scott 1965)
  • 1986 > Ameaçado (como Felis pardina) (IUCN Conservation Monitoring Centre 1986)
  • 1988 > Ameaçado (como Felis pardina) (IUCN Conservation Monitoring Centre 1988)
  • 1990 > Ameaçado (como Felis pardina) (IUCN 1990)
  • 1994 > Ameaçado (Groombridge 1994)
  • 1996 > Ameaçado (Baillie and Groombridge 1996)

Actualmente prevalece a avalição efectuada em 2002, pela UICN:

  • Criticamente ameaçado > segundo o critério C2a(i) > Categorias e Critérios de 2001 (versão 3.1)

Em Portugal, a espécie permanece com o estatuto de Criticamente Ameaçada, de acordo com a última edição do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, de 2006. [2]

A Quercus considerou a espécie inexistente em Portugal em 2007,[3] em resposta à criação do Plano de Acção para a Conservação do Lince-Ibérico em Portugal pelo governo português.[4]

[editar] Evolução populacional

Evolução das estimativas do número total de indivíduos desde 1969 (apenas indivíduos no estado selvagem estão contabilizados):

Segundo Nowell e Jackson (1995), o número de indivíduos existentes em Portugal no ano de 1995 não excederiam 100. Segundo os mesmos autores, para Espanha e para o mesmo ano, a população seria de 1200.

[editar] Medidas de conservação

Um programa de reprodução em cativeiro está a ser desenvolvido em Espanha. Para tal, linces que estejam em subpopulações inviáveis terão que ser capturados.

  • Esta espécie está totalmente protegida em Portugal e Espanha
  • Listada na CITES (apêndice I)

Em Portugal, a Liga para a Protecção da Natureza (LPN), em parceria com a organização internacional Fauna & Flora International (FFI), lançou, em 2004, o Programa Lince, que conta com a participação e o apoio técnico e científico de um grupo composto pelos principais especialistas nesta espécie em Portugal. No âmbito deste Programa, têm sido desenvolvidos projectos, entre os quais se incluem Projectos LIFE, que visam sobretudo a recuperação do habitat natural do Lince Ibérico.[17] O Centro Nacional de Reprodução do Lince-Ibérico (CNRLI) de Silves terá o propósito de fazer com que linces reprodutores em cativeiro se reproduzam no território nacional [1]

[editar] Taxonomia

O lince-ibérico e o lince euroasiático eram endémico, na Europa Central, durante o Pleistoceno (Kurté'n 1968, Kurtén e Grandqvist 1987). Segundo Werdelin (1981), estas duas espécies evoluíram da primeira espécie de lince identificável (Lynx issiodorensis).

Antigas denominações científicas desta espécie:

  • Felis pardina
  • Felis lynx pardina
  • Lynx lynx pardina
  • Felis pardinus

[editar] Ver também

[editar] Ligações externas

Referências

  •   Fisher, J. et al. 1969. Wildlife in Danger. The Viking Press, New York NY, USA.
  •   IUCN 1978 Red Data Book. Vol. 1. Ed. by J. Thornback & M. Jenkins, IUCN. Gland, Switzerland.
  •   Burton & Pearson. 1987. Rare Mammals of the World. Stephen Greene Press, Lexington, MA, USA.
  •   Seidensticker & Lumpkin, Eds. 1991. Great Cats. Rodale Press, Emmaus, PA, USA.
  •   Nowell & Jackson 1996. Wild Cats - Status Survey and Conservation Action Plan. IUCN/SSC, Gland, Switzerland.
  •   Nowell & Jackson. 1995. New Red List categories for wild cats. Cat News. 23:23.
  •   Cat News. 1998. Lynx threatened by massive toxic spill in Spain. Cat News 28:17.
  •   IUCN. 2000. 2000 IUCN Red List of Threatened Species. Compiled by C. Hilton-Taylor. IUCN - The World Conservation Union. Gland, Switzerland.
  •   Cat News. 2002. Spanish government conservation plan for Iberian lynx. Cat News 36:15.
  •   Cat News. 2003. Captive breeding problems handicap efforts to save the Iberian lynx. Cat News 38:14.
  •   Oryx 2004c. Iberian lynx population is less than 150. Oryx 38:361.
  •   Cabral, M.J. et al. 2006. Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. Instituto da Conservação da Natureza, Lisboa, Portugal.
  •   Editorial do boletim electrónico nº 82 da Quercus
  •   Documento do Plano de Acção para a Conservação do Lince-Ibérico em Portugal

Referências

[editar] Outras referências

[editar] Ligações externas

 

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Este felino habita no matagal mediterrânico [1]. Prefere um mosaico de mato denso para refúgio e pastagens abertas para a caça (ICONA 1992). Não é frequentador assíduo de plantações de espécies arbóreas exóticas (eucaliptais e pinhais) (Palomares et al. 1991).

Como predador de topo que é, o lince ibérico tem um papel fundamental no controlo das populações de coelhos (sua presa favorita) e de outros pequenos mamíferos de que se alimenta

[editar] Comportamento

É um animal essencialmente nocturno. Trepador exímio. Por dia, poderá deslocar-se cerca de 7 km.

Os territórios dos machos podem sobrepôr-se a territórios de uma ou mais fêmeas.

Os acasalamentos, pouco frequentes, ocorrem entre Janeiro e Março e após um período de gestação que varia entre 63 e 74 dias nascem entre 1 e 4 crias. O mais comum é nascerem apenas 2 crias que recebem cuidados unicamente maternais durante cerca de 1 ano, altura em que se tornam independentes e abandonam o grupo familiar. Regra geral, quando nascem 3 ou 4 crias, estas entram em combates por comida ou sem qualquer motivo e acabam por sobrar apenas 2 ou até 1, daí um dos seus pequenos aumentos populacionais. Não existe dimorfismo sexual entre macho e fêmea.

[editar] Ameaças

A principal ameaça resulta do desaparecimento progressivo das populações de coelhos (sua principal presa) devido à introdução da mixomatose. A pneumonia hemorrágica viral, que posteriormente afectou as populações de coelhos, veio piorar ainda mais a situação do felino.

Outras ameaças:

O lince-ibérico somente existe em Portugal e Espanha. A população está confinada a pequenos agregados dispersos (ver mapa de distribuição), resultado da fragmentação do seu habitat natural devido a factores antropogénicos. Apenas 2 ou 3 agregados populacionais poderão ser considerados viáveis a longo termo. A sua alimentação é constituída por coelhos, mas quando estes faltam ele come veados, ratos, patos, perdizes, lagartos, etc. O lince-ibérico selecciona habitats de características mediterrânicas, como bosques, matagais e matos densos. Utiliza preferencialmente estruturas em mosaico, com biótopos fechados para abrigo.O lince-ibérico pode-se encontrar na Serra da Malcata, situada entre os concelhos do Sabugal e de Penamacor, integrando o sistema montanhoso luso-espanhol da MesetaO lince-ibérico somente existe em Portugal e Espanha. A população está confinada a pequenos agregados dispersos (ver mapa de distribuição), resultado da fragmentação do seu habitat natural devido a factores antropogénicos. Apenas 2 ou 3 agregados populacionais poderão ser considerados viáveis a longo termo. A sua alimentação é constituída por coelhos, mas quando estes faltam ele come veados, ratos, patos, perdizes, lagartos, etc. O lince-ibérico selecciona habitats de características mediterrânicas, como bosques, matagais e matos densos. Utiliza preferencialmente estruturas em mosaico, com biótopos fechados para abrigo.O lince-ibérico pode-se encontrar na Serra da Malcata, situada entre os concelhos do Sabugal e de Penamacor, integrando o sistema montanhoso luso-espanhol da Meseta.

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